Justiça para o caso Marielle e Anderson
Os movimentos sociais democratizam a sociedade brasileira ao pedir justiça para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes. Por Gevanilda Santos
Leitor e leitora se três anos é muito tempo imaginem cinco anos aguardando a resposta de uma pergunta que não quer calar! Quem mandou matar Marielle e Anderson e por quê?
Há três anos, no mês de março de 2019 a Soweto juntos aos movimentos sociais também indagou , pediu apuração e justiça para o crime contra uma mulher negra de luta, vereadora carioca com uma carreira promissora e contra a vida do seu assessor Anderson Gomes. A SOWETO Organização Negra, nos seus 32 anos de existência, luta por direitos da comunidade afro-brasileira e luta por todos seres humanos, merecedores de respeito, direitos e justiça . Nossa missão e objetivos continuam sendo pautas diárias dos sonhos de Marielle Franco. [1]
Os crimes seguem sendo investigados.
Oxalá o atual Ministro dos Direitos Humanos – Silvio Almeida posso ajudar a desvendar este caso. Sim por terem identidade e interesses em comuns a Mariele e Aderson ( pertencimento a etnia negra, defensores dos direitos humanos, integrantes de uma politica institucional ativa, critica e transformadora das desigualdades de classe, raça e gênero. Ao lado dos interesses programáticos do ministério Igualdade racial, a SEPIR sob a direção da atual ministra Anielle Franco, irmã biológica e de luta de Marielle esperamos que todos possam emprestar seu prestigio sócio político e fazer valer a ação institucional para agilizar a justiça neste crime.
Que todos os santos, santas, deuses, deusas e orixás fortaleçam a perspectiva da transversalidade de gênero raça e classe entre os ministérios do atual governo LULA para que seja feita justiça e se rompa com o cenário da impunidade aos crimes chamado “crime do colarinho branco“ que impera na realidade brasileira quando se trata de crime ligados a elite. São modos de ações institucionais que acobertam os responsáveis por crimes bárbaros como os que assassinam a juventude negra .
A mesma juventude negra que não quer morrer, quer ir à universidade , quer trabalhar, quer se dedicar a política institucional, como Marielle,, quer e viver a sua mocidade , viver bem e feliz.
No mês de março mês das femenagens as mulheres o crime contra Marielle e Anderson continua impune. A Soweto entende que Marielle virou uma semente e é um símbolo de resistência contra o genocídio da população negra brasileira e o feminicídio.. Sabe por que ?
Porque a luta /a pauta / a agenda que o Movimento Negro Brasileiro vem trazendo há 40 anos contra a violência policial, contra o racismo, contra o machismo e a pobreza da população negra tem conquistado e convencido muitos e muitas a aderir o engajamento nesta luta. Aponta para seguirmos na direção do bem viver, da paz, da alegria, da prosperidade, da dignidade no trabalho, da justiça na distribuição das riquezas e impostos. E aponta os caminhos da democracia, os caminhos mais nobres e humanos para todos e todas brasileiras. Estes anseios e objetivos representam a simbologia da resistência, da decolonialidade e da luta por igualdade e liberdade de ser o que quiser ser!
Nossa solidariedade e axé aos familiares de Marielle e Anderson e todos / as os enlutados /as pelo genocídio da população negra e feminicídio.
Salve o 8 de março – Dia internacional da Mulher! Salve o 25 de julho – Dia da Mulher Afro-latino-americana e caribenha!
[1] Há três anos atras informamos o publico o contexto do dia do crime… “Em 14 de março de 2018, a Soweto Organização Negra estava em Salvador – BA participando do Fórum Social Mundial (FSM) quando soube do assassinato de Marielle e Anderson. Desde então, perplexa, já buscava resposta. A Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), e centenas de Organizações também presentes no Fórum Social Mundial (FSM) indagavam porquê o genocídio da população negra? E indignadas perguntavam: Quem mandou matar Marielle e Anderson e por quê?”.., ver artigo “Quem mandou matar Marielle e Anderson e por quê? No blog: www.soweto.org.br